A principal cabeça de chave e favorita ao título, Aryna Sabalenka, estava pronta para garantir seu bilhete de volta para casa após encarar a possibilidade de uma grande surpresa em Wimbledon.

A número um mundial disparada e tricampeã de Grand Slam não perdeu nenhum set a caminho das quartas de final.

Mas então ela enfrentou Laura Siegemund, de 37 anos, número 104 do mundo, da Alemanha, que nunca havia passado da segunda rodada.

E Siegemund quase protagonizou uma das maiores zebras da história da Quadra Central, após vencer o primeiro set e depois liderar por duas vezes com uma quebra no set decisivo.

“Ela me pressionou muito,” disse Sabalenka. “Depois do primeiro set, eu olhei para a minha equipe e pensei, ‘reservem as passagens, estamos prestes a deixar este lugar lindo’.”

Quando Siegemund, ex-campeã de duplas do US Open que raramente causou impacto no simples, quebrou para 4-3 no set decisivo, ela estava a dois games de alcançar as semifinais.

Mas Sabalenka quebrou imediatamente em seguida e então soltou um rugido poderoso após garantir a vitória por 4-6, 6-2, 6-4 com uma cortada.

Siegemund é uma mestre das artes sombrias do tênis e frequentemente fazia Sabalenka esperar para sacar.

Mas a belarussa de 27 anos manteve a calma – mesmo que estivesse com uma expressão carrancuda enquanto permanecia parada na linha de base.

“Acho que estava muito bem preparada para o jogo dela, para a forma como ela está administrando o tempo e tudo mais,” acrescentou ela.

“Mas é claro, por dentro eu estava lutando porque ela estava jogando um jogo muito inteligente. No começo, eu estava errando muito. Eu sentia que estava com pressa.

“Então, estou realmente feliz que, depois do primeiro set, consegui meio que me recompor um pouco, mudar minha tática e conquistar a vitória.

“Mas sobre o jogo dela, eu realmente não fiquei irritado. O que eu posso fazer? Foi uma jogada ótima, uma jogada inteligente.”

Sabalenka disse que estava determinada a não repetir o erro que cometeu durante sua amarga derrota na final do Aberto da França para Coco Gauff no mês passado.

“Honestamente, acho que há uma grande possibilidade de eu ter perdido esta partida se não tivesse aprendido essa lição no Aberto da França,” ela disse.

“Em alguns momentos eu só ficava me lembrando – o que provavelmente é um pouco louco – ‘vamos lá, é a quartas de final de Wimbledon, você não pode desistir, não pode deixar as emoções dominarem você e perder mais uma partida.”

A 10ª semifinal de Sabalenka nos últimos 11 Grand Slams será contra a americana, 13ª cabeça de chave, Amanda Anisimova, que venceu a russa Anastasia Pavlyuchenkova por 6-1 7-6 (9).

Anisimova foi acompanhada em quadra depois por seu sobrinho Jaxon, que completará quatro anos na quinta-feira, dia da partida.

“Meu sobrinho nunca viu uma partida minha na vida, então foi super especial,” ela disse.

"Especialmente por ser a primeira vez aqui em Wimbledon, e conseguir a vitória além disso é simplesmente uma experiência incrível."

"Sinto que tudo tem meio que se encaixado para mim, e tenho me sentido cada vez mais confiante a cada torneio que joguei este ano."

"Então, sinto que minha confiança está bastante alta. Além disso, estou simplesmente aproveitando cada momento."