Thomas Tuchel diz que a Inglaterra não pode fugir das críticas se quiser fazer as melhorias necessárias para vencer a Copa do Mundo.

Após Gareth Southgate encerrar seu reinado de oito anos após perder uma segunda final do Campeonato Europeu, a Federação Inglesa de Futebol recorreu ao técnico alemão Tuchel na tentativa de dar o último passo.

O contrato de Tuchel vai até o final da Copa do Mundo do próximo verão, onde a Inglaterra estará entre as favoritas, mas terá muito trabalho a fazer, a julgar pela esquecível vitória de 1 a 0 contra a modesta Andorra no sábado.

Vaias dos torcedores insatisfeitos receberam os apitos do intervalo e do final em Barcelona, onde o treinador frustrado falou francamente sobre sua insatisfação com a falta de “seriedade e urgência” da equipe, que “brincou com fogo” no final.

Questionado se era um risco ser tão publicamente crítico com a equipe, Tuchel respondeu: "Que risco? Vocês estavam no estádio. O que eu deveria dizer? Que jogamos uma boa partida e estamos felizes.

“O risco é apenas que você exagere e faça algo daquilo que não existia. Tudo o que eu disse, já disse para a equipe. Não houve nenhum dano.”

“Não estávamos felizes e nenhum jogador ficará satisfeito com o que mostramos hoje. Por que o treinador estaria? E por que deveríamos ter vergonha de dizer isso?

“Se queremos melhorar, primeiro precisamos reconhecer que não ficamos satisfeitos com o final de ambos os tempos.”

Quando perguntado a Tuchel se alguns jogadores podem ser sensíveis, o técnico da Inglaterra disse: "Eu não mencionei nenhum nome."

“Fazemos isso como um time. É sempre um ‘nós’ e eu não gostei da forma como terminamos a partida e o primeiro tempo. Não gostei da atitude nem do nível de energia e de como isso caiu.”

“Gostei do começo da equipe. Sempre me inclui. Tudo o que eu digo, falo para os jogadores.”

Tuchel sente que tem um “grupo de elite” cheio de jogadores cuja qualidade e caráter ele admira – uma equipe que tentará elevar o ânimo ao entrar no verão após uma atuação promissora no amistoso de terça-feira contra o Senegal.

Os visitantes estão classificados em 19º no mundo, 154 posições acima de Andorra, e serão o teste mais difícil desde que o treinador de 51 anos assumiu, mas o período de lua de mel pode acabar se eles jogarem mal no City Ground.

“Sempre sinto pressão porque não estou satisfeito comigo mesmo”, disse Tuchel quando isso lhe foi colocado.

“A maior pressão vem de mim mesmo. Temos três vitórias e três jogos sem sofrer gols, e temos um amistoso na terça-feira. Já senti mais pressão do que essa.”

Tuchel espera um “bom teste” contra o Senegal e buscará equilibrar a rotação com a necessidade de extrair tudo do tempo limitado que têm juntos, dizendo: “Valorizamos cada treino e valorizamos cada partida.”

Ivan Toney, convocado pela primeira vez desde que se juntou ao clube saudita Al-Ahli, está entre os que lutam para começar como titular após Ollie Watkins desistir devido a uma lesão e Harry Kane ter completado a vitória de sábado contra Andorra.

“Temos oportunidades e veremos algumas mudanças, mas não vou dar nomes agora porque não sei a escalação,” acrescentou Tuchel.

“Não é o momento agora para falar sobre Ivan Toney porque acabamos de jogar uma partida e devemos analisar o jogo.”