Thomas Tuchel adora o “fogo” de Jude Bellingham, mas o sincero treinador da Inglaterra revelou que a mãe do meio-campista acha algumas das suas atitudes em campo “repulsivas”.

A vantagem da estrela de 21 anos ajudou a impulsionar uma ascensão impressionante de Birmingham ao Real Madrid, passando pelo Borussia Dortmund, mas também levantou questões sobre seu temperamento.

Bellingham ficou irritado com os árbitros na terça-feira depois que seu gol de empate contra o Senegal foi anulado após uma polêmica intervenção do VAR por um toque de mão de Levi Colwill.

O meio-campista chutou um bebedouro após a derrota por 3 a 1 e, no dia seguinte, Tuchel fez alguns comentários extraordinários sobre ele em uma entrevista à talkSPORT.

Quando perguntado ao treinador principal que alguns torcedores acham que a Inglaterra estaria melhor sem Bellingham, ele disse: "Tenho dificuldade em ver isso."

"Acho que tem que ser o contrário – como podemos ter a melhor versão dele e a melhor aceitação, para que as pessoas entendam o que ele está nos trazendo e que ele está trazendo uma certa vantagem."

“Mas eu vejo que isso pode criar emoções mistas. Eu vejo isso com meus pais, com minha mãe, que às vezes não consegue ver o cara legal, bem-educado e bem-comportado que eu vejo.

“Se ele sorri, conquista todos. Mas às vezes você vê a raiva, vê a fome, a raiva e o fogo, e isso aparece de uma forma que pode ser um pouco repulsiva, por exemplo, para minha mãe, quando ela está sentada em frente à TV.

"Eu vejo isso, mas, em geral, estamos muito felizes por tê-lo. Ele é um garoto especial."

O amor de Tuchel por Bellingham é claro, dizendo que "ele traz uma intensidade, que acolhemos e que é necessária se quisermos alcançar grandes feitos".

O treinador da Inglaterra também descartou qualquer conversa de que o meio-campista poderia ser difícil de administrar, dizendo que tem sido “muito fácil até agora”, pois ele é “um garoto legal e muito aberto, muito inteligente”, mas sabe que ele pode ser uma figura intimidadora.

“O ímpeto precisa ser direcionado ao adversário, em direção ao nosso gol, e não para intimidar companheiros de equipe, ou ser excessivamente agressivo com companheiros ou árbitros,” disse Tuchel.

“Mas (canalizar isso) para os adversários, sim, e sempre em direção à solução, ou seja, para a vitória. Estamos nisso, sim.

“Ele tem o fogo. Eu não quero apagar isso. Ele deve jogar com esse tipo de fogo. Essa é a sua força.”

“Mas o fogo também vem com alguns atributos que podem intimidar você, talvez até como companheiro de equipe.

“Você vê às vezes a explosão em direção aos árbitros e a raiva no seu jogo, então se ele conseguir canalizar isso da maneira certa e nós pudermos ajudá-lo nisso, com certeza ele tem algo que precisamos. E ele tem uma certa vantagem que é difícil de encontrar.”