Emma Raducanu insistiu que não está “excessivamente preocupada” com seus problemas nas costas, mas admitiu que pode precisar repensar seus próximos passos após ser eliminada nas quartas de final do Queen’s com uma derrota por 6-2 6-4 para a chinesa e cabeça de chave número um, Qinwen Zheng.

Raducanu, que oficialmente substituirá Katie Boulter como número um britânica na segunda-feira, planejava que o Aberto de Berlim da próxima semana fosse o próximo passo em sua busca para garantir a cabeça de chave em Wimbledon, mas precisou de uma pausa médica fora de quadra antes do segundo set.

A jovem de 22 anos foi a última britânica restante neste novo evento WTA 500, a primeira vez que o tênis feminino foi disputado em Queen’s desde 1973.

“Não estou excessivamente preocupada que seja algo sério, mas sei que é algo muito incômodo e que precisa de um manejo adequado e cuidadoso,” disse Raducanu, que revelou ter sido enfaixada para estabilidade e ter tomado alguns analgésicos.

Questionada sobre se estava com dúvidas em relação à sua condição física para Wimbledon, ela respondeu: "Bem, eu não sei. Tem persistido nas últimas semanas, e eu já tive, tipo, problemas nas costas antes. Acho que é apenas uma vulnerabilidade minha. Sei que preciso cuidar bem disso."

Raducanu enfrentou seu teste mais difícil até agora contra a número cinco do mundo e campeã olímpica Zheng, que começou a partida com uma dupla falta e perdeu o ponto seguinte antes de se recuperar para confirmar o saque.

A favorita da casa salvou três pontos de quebra para manter o serviço no quarto game, e o set permaneceu com o saque mantido até o sexto game, cheio de altos e baixos, quando Zheng concretizou a primeira quebra da tarde na quarta tentativa.

A competidora chinesa então salvou dois pontos de break para confirmar o serviço antes de quebrar o saque da britânica mais uma vez para fechar o primeiro set.

Zheng inicialmente teve dificuldades com seu saque, mas conseguiu se recuperar de uma desvantagem de duas quebras no segundo set, acabando por forçar Raducanu a sacar para se manter na partida.

Zheng rapidamente abriu 40-0 no 10º game, mas três devoluções de serviço consecutivas erradas deixaram a porta aberta para Raducanu voltar à disputa, garantindo seu lugar nas semifinais quando a devolução da britânica foi para fora.

Raducanu também enfrentou três interrupções durante seus games de saque – duas vezes por problemas com a raquete de Zheng, e outra para que Zheng pudesse trocar de tênis, pausas que a britânica admitiu não serem “necessariamente ideais.”

A nova número um britânica confirmou que o treinador Mark Petchey poderá acompanhá-la caso o plano para Berlim avance, mas não sabe se o ex-treinador Nick Cavaday, que se afastou em janeiro devido a problemas de saúde, também estará na viagem após ter se juntado a ela em Londres esta semana.

Raducanu reconheceu que conseguir o status de cabeça de chave para Wimbledon “obviamente ajuda” quando se trata de evitar confrontos difíceis nas primeiras rodadas, mas acrescentou: “Acho que talvez meus objetivos tenham mudado um pouco, de ser cabeça de chave para realmente melhorar meu jogo.

“Quando jogo contra esses jogadores de ponta, tornando a partida mais equilibrada e sentindo mais competitividade, em vez de apenas pensar, ‘OK, talvez eu chegue à terceira rodada de um Grand Slam, mas depois perca facilmente para um dos melhores’.”

"Acho que prefiro uma partida mais competitiva, mesmo que isso signifique perder na primeira ou segunda rodada. Acho que, para ser honesto, é assim que me sinto agora."

A primeira semifinal de sábado verá Tatjana Maria, da Alemanha, enfrentar a segunda cabeça de chave Madison Keys, enquanto Zheng jogará contra a americana Amanda Anisimova.